Crítica: Rocky II

Rocky luta pela sua família, após sua luta com Apollo Creed que exige um rematch. Após um tempo de superação, será que Rocky vai aceitar?

Título: Rocky II
Ano:1979
Realização:  Sylvester Stallone
Interpretes: Sylvester Stallone, Talia Shire, Burt Young… 
Sinopse: Rocky luta pela sua família, após sua luta com Apollo Creed que exige um rematch. Após um tempo de superação, será que Rocky vai aceitar?

O segundo filme realizado, criado e protagonizado por Sylvester Stallone, começa com o final do anterior. Podem ler a crítica aqui. Com um empate no frente a frente com o campeão mundial de pesos pesados, Apollo Creed, Rocky cumpriu o seu objectivo. Um zé-ninguém que imediatamente tem todo o país com os olhos nele. Após o sucesso do confronto, Rocky tenta viver normalmente a sua vida. Depois de recuperar no hospital, arranja um emprego na publicidade e pede Adrian em casamento. A fama começa a tornar-se algo difícil de fugir e o protagonista é apanhado a gastar mais do que deve, principalmente para alguém que está a pensar fazer a família crescer. Mas a fonte de dinheiro vinda da publicidade não chega, devido à falta de segurança de Rocky em comunicar, daí que procura empregos mais honestos, mas que nem sempre é fácil. Revoltado com toda a situação, Creed decide marcar uma desforra com Rocky. Tentado não só pelo dinheiro, mas como em seguir o seu sonho, o protagonista aceita mais um round. Mas será que vai conseguir vencer?

Sylvester Stallone teve de arregaçar as mangas em Hollywood e criar para ele mesmo um papel para si. Devido à sua dificuldade em falar, não conseguia papéis no cinema, daí que esse foi o impulso para criar um dos filmes mais rentáveis e memoráveis do cinema, a saga Rocky. Inspirado na sua própria vida e que nos emociona muito, temos um homem sem aspirações, que apenas seguia um boxer de classe trabalhadora de tempos livres, até às luzes da ribalta de combates maiores. O argumento simples, mas que cria muito empatia é dos factores mais positivos. As falas de Stallone são os momentos mais sinceros encontrados no cinema e apesar de não ser um excelente ator, apresenta uma naturalidade muito eficaz no grande ecrã.

Rocky II” não segue a mesma impressibilidade do seu antecessor, mas cria uma ligação mais profunda e recorrente do episódio passado. A mesma magia mantém-se e é isso que nos faz adorar este franchise. O blogue atribui 4,5 estrelas em 5.

Rating: 4.5 out of 5.

Crítica: Um Quente Agosto

Um olhar sobre a vida de um grupo de mulheres bem posicionadas na vida que os caminhos divergem devido a uma crise que abala a todos e os leva a todos para Oklahoma na casa onde viveram.

Título: August: Osage County
Ano: 2013
Realização: John Wells
Interpretes:  Meryl Streep, Dermot Mulroney, Julia Roberts…
Sinopse: Um olhar sobre a vida de um grupo de mulheres bem posicionadas na vida que os caminhos divergem devido a uma crise que abala a todos e os leva a todos para Oklahoma na casa onde viveram.

Um drama familiar que junta um forte elenco e Meryl Streep como matriarca de uma família disfuncional. É necessário acontecer uma tragédia para juntá-los todos. O desaparecimento de Beverly deixa a esposa e as três filhas num alvoroço. A mais velha é interpretada por Julia Roberts, uma mulher decidida com o controlo, mas com um casamento a falhar e uma filha que não respeita as regras. Seguindo-se da do meio, que se torna na única apoiante da família, por viver mais perto, mas às custas disso não vive a própria vida e por último a mais nova, interpretada por Juliette Lewis, um espírito livre que não acerta em nada nos homens que escolhe. Além disso são todas controladas pelos impulsos psicóticos da sua mãe (Meryl Streep) que se tornou numa viciada em comprimidos. Quando descobrem que provavelmente Beverly se suicidou, colapsa totalmente a família já fragilizada.

Este filme foi baseado numa peça de teatro bastante conhecida que se concentra num dia típico de agosto onde as temperaturas altas nos tornam desconfortáveis e mais agressivos. Palavras são ditas que podem magoar, mas a é verdade é sempre conhecida no final e mesmo sendo família não importa. Podem estar ligados por sangue, mas não por coração.

Um filme dramático que junta vários grandes actores e que infelizmente não conseguiu dar o tempo necessário de antena a todos. Apenas Meryl Streep e Julia Roberts se destacaram maioritariamente como mãe e filha que se amam e odeiam simultaneamente. Conseguiu chamar a atenção devido aos vários plots twists que existe e com o final de partir o coração. “Um Quente Agosto” é uma metáfora às várias famílias que só se juntam em momentos tristes, e que depois não conseguem bem lidar com os seus sentimentos que lhe assombram por não serem unidos. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3.5 out of 5.

Crítica: Babel

A tragédia ataca um casal que está de férias no deserto de Marrocos, com uma história muito envolvente que interliga quatro famílias diferentes.

Título: Babel
Ano: 2006
Realização:  Alejandro G. Iñárritu
Interpretes:  Brad Pitt, Cate Blanchett, Gael García Bernal…
Sinopse: A tragédia ataca um casal que está de férias no deserto de Marrocos, com uma história muito envolvente que interliga quatro famílias diferentes.

4 famílias unidas

Alejandro G. Iñárritu é um realizador completo. Já recebeu quatro Óscares, incluindo melhor realizador em “Revenant” e melhor filme em “Birdman“. De alma mexicana e coração cheio, revolucionou a indústria cinematográfica. Em “Babel” começava os seus primeiros passos a ser notado em Hollywood.

Com um forte elenco neste filme e uma história que nos agarra ao ecrã, seguimos quatro famílias diferentes, unidas por uma situação que os afectou a todos. Este é um filme que nos faz pensar e duvidar das internações mais nefastas da sociedade, mesmo que não seja com o intuito de prejudicar.

Babel” apresenta uma narrativa múltipla com histórias paralelas. Estamos em Marrocos, onde conhecemos duas crianças de uma família pobre. São dois irmãos que cuidam das ovelhas para o sustento da família. O pai ofereceu-lhes uma espingarda para matarem os chacais que atormentam as ovelhas. Mas como são crianças nem sempre compreendem os perigos de arma de fogo. Viajamos para os E.U.A. e lá conhecemos uma latina que é cuidadora de duas crianças. O casamento do seu filho aproxima-se e teme que não pode ir, pois os pais das crianças estão para fora e terá de cuidar deles. Decide levá-los consigo e atravessa a fronteira do México com as crianças. Do outro lado do mundo, no Japão, uma rapariga surda-muda lida com a morte da mãe, enquanto descobre a sua sexualidade. Histórias que podia ser diferentes, juntam-se quando as crianças dão um tiro acidental numa norte-americana e desencadeiam um misto de situações difíceis de controlar.

Alejandro G. Iñárritu utiliza o close-up da câmara em muitas situações para compreendermos a expressão caótica das personagens. A sua inquietação, medo e angústia. Tudo isso foi bem pensado em cada momento na abordagem desta história. Sentimos-nos presos a esta narrativa que aos poucos e poucos, descobrimos que não vai correr bem. Alguém vai ficar a perder. Este filme teve nomeado para os Óscares de 2007, mas perdeu para o Departed – Entre Inimigos, que também mereceu.

O elenco neste filme é forte e apesar da maioria não ser reconhecida, apresentam fantásticos papéis. Destaco Brad Pitt pois conseguiu ser um pai e marido desesperado à procura de respostas, e são muitos momentos em que nos parte o coração com a sua interpretação. Cate Blanchett também ofereceu um excelente suporte neste filme.

O realizador pretende chamar à atenção sobre as falsas pretensões dos norte-americanos serem vítimas de terrorismo. Contrariar essa ideia do falso terrorismo e apostar que nem todas as culturas são iguais. Além disso foca-se nas loucuras da adolescência e nas cores vibrantes da cidade de Tóquio. Que contrasta muito com o deserto de Marrocos. Duas decisões paisagistas bastante diferentes e que colmatam toda a diversidade no mundo. No final queremos conhecer sempre mais sobre como estas famílias estão unidas, mesmo sem saberem. O realizador pretende nos fazer pensar sobre a unificação de povos. O blogue atribui 4 estrelas em 5.

Rating: 4 out of 5.

Crítica: Downton Abbey

A continuação da história da famíilia Crawley, família de classe alta com um propriedade no campo em Inglaterra no início do século XX.

Título: Downton Abbey
Ano: 2019
Realização: Michael Engler
Interpretes:  Stephen Campbell Moore, Michael Fox, Lesley Nicol…
Sinopse: A continuação da história da famíilia Crawley, família de classe alta com um propriedade no campo em Inglaterra no início do século XX.

Depois de uma série de sucesso bem construída. Já comentei “Downton Abbeyaqui no blogue, podem ler. A longa-metragem foi uma excelente aquisição que completou o destino destas personagens. Neste drama histórico, passou-se quatro anos desde o final da série. A família Crawley ainda continua a pertencer a Downton Abbey com uma forte importância no local. Oferece emprego a uma equipa de empregados que cuidam diariamente do espaço e além disso ajudam a comunidade em geral daquele espaço mais rural na periferia de Londres.

Desta vez algo de requinte e de grande importância vai acontecer em Downton. A família real irá lá passar tempo para conhecer a propriedade, que fica mesmo no centro do festival. Com muito para fazer, organizar e polir, a equipa que lá trabalham como Miss Patmore, Srª Hughes, Daisy, Tom, Sr. Barrow, Sr. e Srª Bates não vão ter mãos a medir. Além disso o Sr. Carson também vai dar uma ajuda. Enquanto isso a família Crawley vão ter de ser preocupar em servir os ilustres convidados como ninguém.

Ao longo de duas horas de filme, somos servidos com a mesma qualidade e requinte da série. O guarda-roupa e cenário da época faz toda a diferença nesta série. Foi mesmo nesse ponto que a produção apostou o seu maior detalhe. De certa forma ficamos a conhecer como bem vivia uma família de classe alta na altura. No argumento surgiu algumas intrigas, mas nada que não se resolvesse. Alguns assuntos familiares foram discutidos, novos romances e muitas decisões foram avançadas. Muito positivo voltarmos a ver estas personagens que faziam os nossos dias todas as semanas. Downton Abbey voltou com a mesma essência e não desiludiu.

Além do drama presente e das várias situações familiares presentes, também existe algum espaço para a comédia. A descontracção de algumas personagens é esperado no caso do Sr. Mosley. Mas também a ironia da personagem de Maggie Smith, a Violet Crawley é dos pontos mais altos do diálogo. Concluindo esta é uma magnifica conclusão para a série, contudo ainda muito pode acontecer e o futuro de Downton não está definitivamente encerrado. Quem sabe daqui a uns anos posso surgir mais novidades para voltarmos a por o olho à família Crawley. O blogue atribui 4 estrelas em 5.

Rating: 4 out of 5.
Universal Pictures Portugal

Crítica: Milagre na Cela 7

Uma história de amor entre um pai com uma deficiência mental, que foi injustamente acusado de assassinato e a sua filha de seis anos. A prisão será a sua casa, baseado no filme coreano de 2013, “Miracle in cell No. 7”.

Título: Yedinci Kogustaki Mucize
Ano: 2019
Realização: Mehmet Ada Öztekin
Interpretes:  Aras Bulut Iynemli, Nisa Sofiya Aksongur, Deniz Baysal
Sinopse: Uma história de amor entre um pai com uma deficiência mental, que foi injustamente acusado de assassinato e a sua filha de seis anos. A prisão será a sua casa, baseado no filme coreano de 2013, “Miracle in cell No. 7”.

Lingo, Lingo

Este é o filme que está a comover toda a gente. “Milagre na Cela 7” é uma produção dramática que nos vai fazer chorar baba e ranho e vai-nos prender ao ecrã. Uma história comovente sobre uma menina de sete anos e do seu pai com uma deficiência mental.

A frase que acompanha as personagens nos momentos mais emocionantes é Lingo, Lingo, que na verdade e traduzindo à letra do turco não tem um significado. Esta é uma expressão do folclore do país que é apenas uma forma de dizer. Mas ficará na nossa memória: Lingo, Lingo…Garrafas.

Nunca na minha vida pensei em assistir a um filme turco. Não porque não achava interessante, mas porque não conhecia muito da história cinematográfica do país. A plataforma Netflix veio abrir muitas portas do entretenimento em muitos países. Só temos a agradecer, para ficarmos mais cultos e conhecermos melhor a cultura e história de outras nacionalidades.

O filme “O Milagre na Cela 7” tornou-se viral nestes tempos. Comentários elogiadores inundaram as redes sociais com aspectos positivos sobre este filme. Captou a minha atenção pelo facto de ser um filme que apela às nossas emoções. Para mim um bom filme é aquele que me consegue emocionar e fazer pensar. Criar impacto em mim é o primeiro passo para ficar marcado na minha lista cinematográfica. Este ficou.

Apesar de ser um filme turco, esta história não é nova. Aliás, até foi baseado num filme coreano com o mesmo nome, “Miracle in cell No. 7“, mas com algumas ligeiras alterações. Aqui temos a história de uma menina com sete anos, Ova que luta diariamente para voltar a ver o seu pai, Memo, que foi injustamente condenado à morte pelo acidente fatal de uma colega de turma. Memo, tem uma deficiência mental que o faz agir como uma criança. Contudo a sua inteligência emocional vai comover os seus colegas de cela que o vão tentar ajudar a todo o custo. Mesmo sendo um caminho quase impossível de alcançar.

Estas histórias são mesmo criadas para abanarem o nosso coração e fazer-nos pensar no melhor e pior que existe na Humanidade. Memo e Ova só querem estar juntos e como tal merecem, mas o universo tem sempre forma de os conseguir tramar. Mas com a força do amor tudo é possível. “Milagre na Cela 7” é um forte drama, emocional e comovente que nos faz deixar cair uma lágrima de 5 em 5 minutos. A inocência de Ova é dos momentos mais puros e ternos do filme. A jovem atriz Nisa Sofiya Aksongur portou-se à altura e a sua boa-disposição contagia o público. O ator que interpreta Memo, é Aras Bulut Iynemli, o seu papel não era nada fácil, mas conquistou-nos o coração de tal forma que nos sentíamos envolvidos com história.

Preparem-se este não é um filme fácil de engolir. Com muitos dissabores, mas com uma narrativa linda que conquista. Um amor incondicional entre o pai e uma filha que lutam contra todos os obstáculos da vida. Uma junção perfeita dos filmes “I Am Sam – A Força do Amor” e “The Green Mile“. Ambos fazem chorar e este também não fica atrás. Para os fãs de uma verdadeiro drama que deixa marca para o futuro e nos deixa num desgaste emocional este é o filme ideal. O blogue atribui 4 estrelas em 5.

Rating: 4 out of 5.

Crítica: Terminal de Aeroporto

Um europeu turista de leste fica retido no aeroporto JFK sem conseguir entrar na América até conseguir um visto temporário.

Título: The Terminal
Ano: 2004
Realização: Steven Spielberg
Interpretes:  Tom Hanks, Catherine Zeta-Jones, Chi McBride…
Sinopse: Um europeu turista de leste fica retido no aeroporto JFK sem conseguir entrar na América até conseguir um visto temporário.

Não dava para errar com Steven Spielberg na realização e Tom Hanks como protagonista. “Terminal de Aeroporto” é um filme reconfortante, mas que adoça a nossa curiosidade, mesmo até ao final. Uma história confiante sobre a impressibilidade dos acontecimentos, mas que com bom coração podemos conseguir amigos e acreditar que tudo bem. Viktor Navorski (Tom Hanks) é um turista que visita Nova Iorque com um propósito. Sem falar inglês é retido pela segurança do aeroporto e obrigado a lá ficar devido à lei que proíbe a sua entrada no país dos sonhos. Sem um passaporte e sem documentos, fica durante meses a viver no aeroporto JFK à espera da sua oportunidade de libertação. Devido a termos políticos e com um país natal em guerra, aguardo pacientemente por melhores dias. Nesse tempo que passa no aeroporto, consegue bons amigos e até fica bastante reconhecido por todos que lá trabalham. Viktor mantém sempre o bom ânimo e paciência, características que o diferenciam da comunidade no geral. Sempre disponível a ajudar, é também ajudado quando mais preciso, mesmo com algumas barreiras.

“Are you coming or going?”

” I don’t know. Both.”

Amelia e Viktor

Não existe ficção científica neste filme, mas gostamos de conhecer um lado visualmente mais dramático do realizador Steven Spielberg. Neste drama sobre preserverança, temos uma obra cinematográfica que sabe bem assistir não importa qual a altura. Faz rir, faz chorar e ainda faz-nos acreditar que melhores dias virão apesar das dificuldades. Tom Hanks lidera com calma a força emocional este filme. Garantiu momentos para gargalhadas, naquelas tentativas de falar o inglês (mesmo que muitas vezes mal), além disso garantiu um fantástico sotaque russo. Mesmo assim, sentimos-nos acarinhados por esta personagem que sem dúvida devia estar destacada no currículo do ator.

Terminal no Aeroporto” é um filme sobre cuidar o próximo que nos aquece o coração. Um argumento bem escrito com momentos memoráveis que nos comove me vários sentimos e somos completamente absorvidos por esta simplicidade que parecendo pouco, vale muito. Afinal quem nunca pensou ficar preso no aeroporto? O blogue atribui 4,5 estrelas em 5.

Rating: 4 out of 5.

Crítica: O Bom Rebelde

Will Hunting um contínuo na M.I.T., tem um talento inato para a matemática, mas necessita da ajuda de um psiquiatra para ajuda-lo a criar rumo à sua vida.

Título: Good Will Hunting
Ano: 1997
Realização: Gus Van Sant
Interpretes:  Robin Williams, Matt Damon, Ben Affleck…
Sinopse: Will Hunting um contínuo na M.I.T., tem um talento inato para a matemática, mas necessita da ajuda de um psiquiatra para ajuda-lo a criar rumo à sua vida.

Em 1993, dois melhores amigos decidem juntar-se e escrever o argumento de um filme. Ninguém estava à espera do que aconteceu depois. Em 1998 ganhavam o Óscar. Estou a falar dos meninos prodígios de Hollywood: Ben Affleck e Matt Damon. Ainda conseguiram nomeações para melhor filme e melhor ator, mas apenas Robin Williams conseguiu o de melhor ator secundário com esse filme. A história original aborda um rapaz desorientado, Will Hunting que tem imenso potencial. Ele sabe disso, mas não aceita o seu talento de génio da matemática. Quando é descoberto por um professor universitário e este potencializa as suas competências. Mas tudo muda quando conhece um psicólogo (Robin Williams) que o encoraja a seguir os seus próprios ideais e a procurar o seu próprio caminho.

Num filme naturalmente dramático, mas com uma narrativa bem eficaz conhecemos uma lado humano e emocionante sobre um jovem que a vida não foi simpática com ele, mas que com tempo descobre que apenas ele próprio é dono do seu destino e só por isso vale seguir cada oportunidade.

You’re not perfect, sport, and let me save you the suspense: this girl you’ve met, she’s not perfect either. But the question is whether or not you’re perfect for each other.

Sean

O Bom Rebelde” é um excelente filme com uma boa formação de equipas. Não só a nível de actores como Matt Damon, Ben Affleck, Robin Williams, Casey Affleck, Mimi Driver, mas também existe uma forte conexão dos co-argumentistas. Já o realizador Gus Van Sant conseguiu criar uma obra cinematográfica real e comovente. Esta é principalmente uma história de amizades seja ela em diferentes momentos e tipos. Temos a amizade entre amigos, de professor e pupilo e mesmo de psicólogo e paciente. Cada uma cresceu à sua maneira durante este filme. Cada personagem desenvolveu a sua perspectiva mais íntima à medida que o filme avança. Esta também é uma história sobre amor que apesar de algumas barreiras, evoluiu e marcou o destino dos protagonistas.

Concluindo “O Bom Rebelde” começou em dúvida por dois jovens que ainda não tinham 18 anos, mas que se tornou num excelente filme e ainda hoje mantém um forte marco no cinema. O blogue atribui 4 estrelas em 5.

Rating: 4 out of 5.

Crítica: The Mustang

A história de Roman Coleman, um prisioneiro violento que lhe foi oferecida uma oportunidade num programa em terapia de reabilitação, que envolve um treino com mustangs selvagens.

Título: The Mustang
Ano: 2019
Realização: Laure de Clermont-Tonnerre
Interpretes:  Matthias Schoenaerts, Jason Mitchell, Bruce Dern…
Sinopse: A história de Roman Coleman, um prisioneiro violento que lhe foi oferecida uma oportunidade num programa em terapia de reabilitação, que envolve um treino com mustangs selvagens.

Este é um filme que pretende deixar uma mensagem. Este é um filme que pretende deixar uma mensagem. Uma mensagem de planos de apoio a reclusos para melhorar os seus comportamentos e reintegrarem-se novamente na sociedade. Esse apelo é descrito no início do filme e no fim com imagens de pessoas reais e os seus cavalos. “The Mustang” aborda a história de Roman Coleman, um prisioneiro que não tem muitas aptidões comunicativas que é aconselhado a inscrever-se num programa em terapia de reabilitação social que lhe possibilita treinar mustangs selvagens, para serem vendidos mais tarde em leilão. Esta ligação criada entre o homem e o cavalo (animal utilizado em muitas terapias com pessoas) é um vínculo forte que cresce e ajudam-se mutuamente. O protagonista, vai perceber que não precisa de estar completamente na solidão e tal vai-lhe abrir portas para criar laços perdidos com a sua filha adolescente que cortou as relações com o pai, por culpa-lo pelo estado vegetativo da mãe.

-You’ve been in isolation. What do you think about that?

-I’m not good with people.

Psicóloga e Roman

Estes filmes são importantes, pois ajudam a dar a conhecer excelentes iniciativas que não tínhamos conhecimento. Apesar de esta ser uma narrativa fictícia, compreendemos o estado emotivo do protagonista no avançar do filme. Com barreiras à sua volta e dificuldades de comunicação. Nunca aceitou os outros seres humanos, percebeu que afinal tem uma vocação e sentiu-se mais próximo da sua espécie através dos animais.

O realizador Laure de Clermont-Tonnerre inspirou-se nas belas paisagens do Nevada para a construção deste filme. Aliás é só mesmo pelas paisagens de terra batida e por-do-sol que esta obra cinematográfica se suporta. Durante o restante do tempo, acompanhamos o silêncio e comportamento do protagonista que não muito bom a comunicar. O argumento foi deixado um pouco abandonado, mas os melhores momentos são mesmo os de Roman com a sua filha. Concluindo “The Mustang” é apenas uma representação para transmissão de uma mensagem para o melhor da reabilitação social dos reclusos. O blogue atribui 3 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Crítica: A Vida de um Campeão

A história de amizade entre o seu dono e o cão. Denny é um piloto da Formula 1 e Enzo é um golden retriever. Ambos utilizam as técnicas de corrida para comandar as adversidades da vida.

Título: The Art of Racing in the Rain
Ano: 2019
Realização: Simon Curtis
Interpretes:  Kevin Costner, Milo Ventimiglia, Jackie Minns, Amanda Seyfried…
Sinopse: A história de amizade entre o seu dono e o cão. Denny é um piloto da Formula 1 e Enzo é um golden retriever. Ambos utilizam as técnicas de corrida para comandar as adversidades da vida.

Baseado no livro best-seller com o mesmo título do escritor Garth Stein temos uma história de vida fascinante guiada pela perspectiva de um cão. “The Art of Racing in the Rain” segue a história de Enzo (Kevin Costner), um golden retriever que é acolhido por Denny (Milo Ventimiglia) um jovem piloto de Fórmula 1. Com um forte laço de amizade e protecção, ambos seguem o seu caminho e a paixão pelas corridas e adrenalina. Com altos e baixos a vida continua e a família aumenta, mas Enzo e Denny continuam sempre companheiros. Um drama familiar que cria uma forte empatia com o espectador e que claro que podem contar com momentos emocionantes, mas que transbordam para uma linda história de coragem, força e determinação.

He picked me out of a pile of pups, a tangled mass of paws and tails. He’d stopped at the farm on his way home from the speedway at Yakima. Even back then, I knew I was different than other dogs. My soul just felt more human.

Enzo

Neste filme dramático que explora principalmente os sentimentos das animais e do sentimento que os aproximam dos humanos. Além disso temos uma narrativa emotiva, carinhosa e muito eficaz. Como público conseguimos ficar preso a este argumento que nos aquece o coração, pois apesar de todas as adversidades da vida, ainda existe esperança. O realizador Simon Curtis já nos tinha habituado a histórias de vida interessantes. Exemplos de filmes como A Minha Semana com Marilyn e Goodbye Christopher Robin. Neste conseguiu superar as expectativas também. “A Vida de um Campião” é um filme bonito, bem filmado e com uma história que nos faz chegar às lágrimas, mas também nos transmite conforto. O resultado final eu não estava à espera e conseguiu surpreender bastante. O blogue atribui 4 estrelas em 5.

Rating: 4 out of 5.
20th Century Studios Portugal

Crítica: A Vida não é um Sonho

Utopias de drogas de pessoas que vivem em Coney Island são partilhadas quando os seus vícios se tornam fortes demais.


Título: Requiem for a Dream
Ano: 2000
Realização: Darren Aronofsky
Interpretes:  Ellen Burstyn, Jared Leto, Jennifer Connelly…
Sinopse: Utopias de drogas de pessoas que vivem em Coney Island são partilhadas quando os seus vícios se tornam fortes demais.

Requiem for a Dream” não é um filme fácil. Acompanhamos quatro personagens diferentes e todas conectadas. Harry é Jared Leto um jovem que vive a sua vida ao limite, tem um melhor amigo que lhe ajuda a conseguir droga e Marion (Jennifer Connelly), a sua namorada também uma viciada. Apesar da sua vida inconstante, tem um tempo para a sua mãe, Sarah que tem o sonho de aparecer na televisão, meio de comunicação que mais consome durante o dia e faz todos os esforços para emagrecer (sem sucesso). Estas quatro personagens apesar de parecerem muito distantes entre si, tem algo em comum: utilizam o seu vício seja em drogas, sexo, comida, adrenalina e tentam alcançar o seu sonho.

Durante as estações do ano: primavera, verão, outono e inverno acompanhamos os percalços da vida na realização do sonho de cada um. Tal como esperado e conforme os desenvolvimentos vão influenciando cada passo do caminho, o sonho não é realizado e fica sucumbido à tristeza e solidão.

-I love you, Harry. You make me feel like a person. Like I’m me… and I’m beautiful.

-You are beautiful. You’re the most beautiful girl in the world. You are my dream.

Marion e Harry

A adrenalina é pura e dura durante as quase duas horas de filme. O realizador Darren Aronofsky fez mesmo questão disso. Quase como se nós próprios estivesses sobre o efeito de alguma substância ilícita. As imagens rápidas, as sequências do consumo, a divisão da tela em duas ou mais partes, e o diálogo por vezes confuso das personagens. Mas tal ajudou-nos a perceber a exigência deste argumento e de que forma podemos acompanhar a evolução destas personagens, que estão a ter sobre experiência momentos difíceis.

Em alguns momentos este filme é confuso e pode até parecer desconexo, mas cada explicação a seu tempo. No final vamos perceber o propósito de cada momento. Eu admito que não estava preparada para esta injecção de informação e várias imagens em movimento, mas que ao final de um tempo já não conseguia imaginar de outra maneira. Além disso na banda sonora temos a constante sonoridade sinfónica de “Lux Aeterna” criada por Clint Mansell que associamos imediatamente ao filme e à correria deste. Difícil de esquecer.

Concluindo “A vida não é um sonho” é um filme que marca o início do novo milénio, uma obra cinematográfica totalmente diferente no espectro do cinema atual. Um excelente exemplo onde representa a degradação humana derivada do vício e o que ele nos faz. Esta foi uma boa dose de surrealidade real que surpreendeu. O blogue atribui 4 estrelas em 5.

Rating: 4 out of 5.