Crítica: Armados em Espiões

Quando o melhor espião do mundo se torna num pombo, ele deve confiar no nerd e seu parceiro entendedor de tecnologia, se quiser salvar o mundo.

Título: Spies in Disguise 
Ano: 2019
Realização:  Nick Bruno, Troy Quane
Interpretes: Will Smith, Tom Holland…
Sinopse: Quando o melhor espião do mundo se torna num pombo, ele deve confiar no nerd e seu parceiro entendedor de tecnologia, se quiser salvar o mundo.

“Armados em Espiões” não teve a publicidade que merecia, mas consegue ser um filme de animação bastante divertido e com excelentes atores nos papéis principais. Conhecemos o melhor espião do mundo, que trabalha sempre sozinho. Atua por vontade própria e não segue muito bem as regras. Este é o melhor espião da agência e é considerado como uma vedeta do espaço. Contudo tudo muda quando acidentalmente é transformado num pombo e por isso terá de se juntar ao especialista em tecnologia e gadgets da agência, se quiser sobreviver e salvar o mundo. Uma dupla improvável de super heróis que tem todos os ingredientes para tudo correr mal.

Este filme de animação junta as vozes de Tom Holland e Will Smith nos principais papéis e já por isso inicia um bom ambiente e a formula para tudo correr bem. As peripécias apresentas no filme são divertidas, vibrantes, com muita ação e sempre com um forte companheirismo muito presente em toda a história.

Spies in Disguise” tornou-se numa surpresa descontraída e diferente das ofertas de filmes de animação por aí presentes. Por isso este é um bom filme para toda a família que nos vai fazer rir em alguns momentos. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3.5 out of 5.

Crítica: Mr. Link

Mr. Link recruta o explorador Sir Lionel Frost, para o ajudar a chegar à terra perdida de Sir Lionel Frost. Juntamente com a aventureira Adelina Fortnight, este trio vai explorar o mundo.

Título: Missing Link
Ano: 2019
Realização: Chris Butler
Interpretes:  Hugh Jackman, David Walliams, Stephen Fry… 
Sinopse: Mr. Link recruta o explorador Sir Lionel Frost, para o ajudar a chegar à terra perdida de Sir Lionel Frost. Juntamente com a aventureira Adelina Fortnight, este trio vai explorar o mundo.

Um filme com uma produção dos recentes estúdios Laika, que utilizam a tecnologia 3D à plasticina. Seguimos a história de Sir Lionel Frost, um milionário que usa todo o seu tempo e investimento à procura de criaturas místicas de fábulas de fantasia. Considera-se um aventureiro, mas que ninguém o consegue levar a sério. Tudo muda quando recebe uma estranha carta a indicar o caminho para a descoberta de um Pé Grande no Canadá. Lionel decide embarcar numa nova aventura e provar a todos que estavam errados. O seu espanto muda, quando na verdade descobre que foi o próprio Pé Grande que lhe escreveu a carta, porque tem o sonho de encontrar outros da mesma espécie.

Neste filme bem divertido e com situações bem hilariantes, nota-se um argumento bem pensado e apesar de ser um filme de animação, tem várias sequências ideais para os adultos desfrutarem. Mr. Link é uma mistura de um bom projecto com uma narrativa curiosa, empolgante e muito divertida. O que torna este filme único é a sua animação, transporta em recursos diferentes e que apresenta uma estética muito interessante e a impressibilidade dos acontecimentos. Temos personagens fortes a nível de personalidade. Apesar de ser principalmente uma história sobre uma forte amizade, o final ainda deu espaço para uma possível continuação e desenvolvimento destas personagens.

Estes estúdios estão a crescer e ainda conseguem todo o meu apoio para mais obras cinematográficas assim. “Mr. Link” é engraçado e muito descontraído que vai fazer as delícias dos miúdos e graúdos. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3.5 out of 5.

Crítica: Stand by Me Doraemon

O que vai acontecer a Nobita após a saída de Doraemon? Este é um filme de animação sobre o clássico japonês Doraemon, mas com um argumento reinventado para as novas gerações.

Título: Stand by Me Doraemon
Ano: 2014
Realização:  Tony Oliver, Ryuichi Yagi
Interpretes:  Wasabi Mizuta, Megumi Ohara, Satoshi Tsumabuki…
Sinopse: O que vai acontecer a Nobita após a saída de Doraemon?

Como eu recuo até à infância com este filme. Nesta versão renovada está a 3D com a ajuda da animação computorizada. No entanto ainda me lembro perfeitamente de assistir a este anime em espanhol e com o desenho tradicional. Apaixonei-me pelas aventuras de Doraemon, Nobita e dos seus amigos. Com vários episódios, este anime foi dos mais longos e daqueles que mais me marcou também. Daí que decidiram fazer esta versão renovada para incentivar as novas gerações a conhecer esta fantástica história.

Nos subúrbios de Tóquio, um rapaz de 10 anos preguiçoso, medricas, e muito desastrado não consegue ajudar-se a sobreviver. Por isso é-lhe enviado do futuro, Doraemon, um gato intergaláctico com um bolso mágico com várias engenhocas para salvar o dia-a-dia de Nobita. Seja para o acordar para não chegar atrasado à escola, seja para safar-se no desporto com os colegas ou mesmo para tirar melhores notas. Mas o que Nobita realmente deseja é que a Shizuka, a sua melhor amiga, se interesse romanticamente por ele, apesar de ele apresentar-se como um verdadeiro desesperado.

Com momentos divertidos, viagens no tempo, um pouco de drama e muita nostalgia, assim é este filme que nos consegue comover e ao mesmo tempo, libertar a nossa imaginação. “Stand by Me Doraemon” vale a pena conhecer e embarcar nesta viagem de fantasia pelo universo da infância e de tão felizes que fomos nesta época. O segundo filme deverá ser lançado este ano. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3.5 out of 5.

Crítica: Tom e Jerry e a Fábrica de Chocolates

Os clássicos de Tom e Jerry junta-se a outra história por nós conhecida: Charlie e a Fábrica de Chocolate. Desta vez o gato e rato vão se dar bem e ajudar o jovem Charlie a conseguir entrar na fábrica de Willy Wonka.

A clássica animação do Tom & Jerry que nos acompanharam durante a infância voltam a ressurgir neste filme de 2017. Uma animação ainda bastante recente que junta os nossos protagonistas a uma história também muito bem conhecida como “Charlie e a Fábrica de Chocolate“. Também fizeram outros filmes como “Feiticeiro de Oz” e “Quebra-Noz”. Nesta longa-metragem, Jerry e Tom, não andam durante todo o tempo a tentar maltratar o outro, com várias armadilhas e cadilhos. Pelo contrário, juntam-se com um objectivo em comum: ajudar Charlie a conseguir o último bilhete dourado para a fábrica de chocolate de Willy Wonka.

A narrativa segue a mesma sequência da história original, o que é fantástico. Pois conseguiram juntar dois clássicos num só. Tom e Jerry passam por muitas aventuras, que não são faladas, mas onde percebemos bem a intenção de cada um. Tornou-se um serão bem descontraído. Só tive pena da falta de cuidado na animação deste filme. Mostrou-se muito desleixada e nada natural. Por um lado queriam recordar os clássicos, mas por outro não tiveram essa capacidade. A animação estava muito fraquinha o que impossibilitou a apreciação mais exigente no filme. Contudo fomos brindados com fortes momentos que marcam estas duas personagem, numa história única e claro, com um final feliz.

Por vezes recordar estes clássicos da infância é mesmo o ingrediente que nos faltava para animar o nosso dia. Mesmo que o filme não valha grande coisa. Contudo valeu para reviver e recordar o sucesso que foi o Tom & Jerry, pois os miúdos de hoje em dia dificilmente conheceram estas personagens. O que é uma pena. O blogue atribui 2,5 estrelas em 5.

Rating: 2.5 out of 5.

Crítica: O Tempo Contigo

Um estudante do secundário, fugiu para Tóquio e torna-se amigo de uma rapariga que tem a habilidade de controlar o tempo.

Título: Tenki no ko
Ano: 2019
Realização:  Makoto Shinkai
Interpretes: Kotaro Daigo, Nana Mori, Shun Oguri…
Sinopse: Um estudante do secundário, fugiu para Tóquio e torna-se amigo de uma rapariga que tem a habilidade de controlar o tempo.

O tempo que controla as nossas emoções

Uma nova animação japonesa com uma qualidade fantástica sobre um rapaz que fugiu da sua casa e da sua família, à procura de uma nova oportunidade na grande cidade de Tóquio e do seu encontro com uma menina amável que vive com o seu irmão e tem a fantástica habilidade de mudar o tempo.

Juntos vão tornar-se melhores amigos e trabalhar em conjunto, num verão chuvoso em Tóquio. Mas a amizade estará à prova quando o destino muda a direcção de ambos e podem correr o risco de nunca mais se encontrarem. Outra fantástica animação com a direcção de Makoto Shinkai.

O realizador Makoto Shinkai já nos tinha fascinado com a sua obra Your Name (2016). O perfeccionismo de Makoto é notável e já é considerado dos melhores realizadores japoneses da actualidade. A impressão do desenho deste realizador é fantástico e não me canso de dizê-lo. O detalhe apresentado nos seus filmes é fantástico e em cada cena é como se estivéssemos mesmo naquele local, apesar de ser apenas um desenho. Mas a realidade das suas animações merece ser destacada.

Seguimos outra história baseado no sobrenatural. Hodaka, um adolescente que foge de casa e procura uma vida melhor em Tóquio, encontra-se por acaso com Hina, uma jovem bem-disposta que tem uma habilidade especial: controlar o tempo. Ambos decidem criar um webiste onde as pessoas lhes podem consultar para Hina usar a sua magia. Um forte temporal de muita chuva cobre Tóquio inteira, mesmo em pico de verão, o que dificulta o trabalho de Hina. Mas como tudo tem um preço, será que estes jovens vão alcançar a felicidade?

Makoto Shinkai gosta de criar estas histórias românticas, mas sempre com um twist no final. Nada é tão linear como deve ser e as suas histórias conseguem ser surpreendentes e inesquecíveis. Muita emoção espera-nos neste filme. Além do argumento sensível, e da animação com fantástica qualidade, temos personagens carismáticas e ainda uma banda sonora perfeita. Shinkai voltou a convidar os Radwimps para as várias músicas presentes nesta obra cinematográfica. A música é dos factores mais importantes e conseguem atribuir aquele desfecho emotivo à cena. Concluindo “O Tempo Contigo” pode não ter o mesmo poder de “Your Name“, mas surpreende pela positiva e surpreende-nos mais uma vez o excelente trabalho de Makoto Shinkai. O blogue atribui 3,5 estrelas.

Rating: 3.5 out of 5.
Big Pictures Filmes

Crítica: ‘Bora Lá

Dois irmãos elfos, embarcam numa aventura para trazem o seu pai de volta, durante um dia.

Título: Onward
Ano: 2020
Realização: Dan Scanlon
Interpretes:  Tom Holland, Chris Pratt, Julia Louis-Dreyfus
Sinopse: Dois irmãos elfos, embarcam numa aventura para trazem o seu pai de volta, durante um dia.

Uma aventura épica

Numa fantástica jornada de descoberta de magia de outros tempos, dois irmãos elfos, procuram arranjar uma forma de conseguir reviver o pai, durante apenas um dia. Mas o que parecia uma caminho fácil, torna-se bastante complicado e fortes emoções envolvem os irmãos, mas também toda a comunidade.

O novo filme da Disney aborda temas sensíveis de descoberta da nossa identidade. Baseada na própria história de vida do realizador e argumentista Dan Scanlon, temos uma animação emocionante, divertida e magia, mesmo ao estilo da Disney.

Este foi um dos poucos filmes que foram lançados este ano, em tempo de pandemia. “Onward” foi lançado mesmo com o propósito de nos fazer acreditar em melhores dias. Com uma história familiar e muito emotiva seguimos a jornada de dois irmãos Ian (Tom Holland) e Barley (Chris Pratt) que são muito diferentes um do outro, mas que vão partir juntos com um objectivo voltar a reviver o pai durante um dia, mesmo quando já ninguém acredita em magia naquele tempo. A primeira fase do feitiço correu bem, mas só conseguiram fazer aparecer as pernas do pai e por isso vão tentar por tudo conseguir o restante corpo. Ian não tem memórias do pai, pois era bebé quando faleceu, e por isso segue a sua esperança em conhecer o progenitor. A única referência que tem é uma cassete com a sua voz e fotografias. Já Barley agarra-se às suas escassas memórias. Durante esta aventura de descoberta, ambos os irmão vão testar os seus limites e irmandade e ficarem a conhecer-se um pouco melhor.

Long ago, the world was full of wonder. It was adventurous, exciting, and best of all, there was magic. And that magic helped all in need. But it wasn’t easy to master. And so the world found a simpler way to get by. Over time, magic faded away. But I hope there’s a little magic left in you

Wilden Lightfoot (Dad)

A Disney volta-nos a aquecer o coração com mais um dos seus filmes. Baseados em factos verídicos da vida do realizador Dan Scanlon temos uma história inspiradora e muito aconchegante. A experiência de acreditar e aproveitar o tempo que a vida nos dá ao lado de quem mais gostamos. “Onward” junta a fantasia à realidade e apesar de a magia facilitar em muitos aspectos, nada se consegue sem esforço e dedicação. Um argumento emotivo e corajoso, com um resultado de um filme surpreendente e que superou as expectativas. Acho que este filme foi um pouco ofuscado por esta situação mundial que estamos a atravessar, mas foi um filme que se soube mesmo bem conhecer, pois apresenta uma cinematografia única e muito positiva. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3.5 out of 5.
Disney Portugal

Crítica: Cantar!

Numa cidade com animais humanóides, um proprietário de um teatro tenta salvar o seu espaço, com um concurso de canto. Mas a vida dos participantes nunca será a mesma depois deste evento.

Título: Sing
Ano: 2016
Realização: Garth Jennings
Interpretes:  Matthew McConaughey, Reese Witherspoon, Seth MacFarlane…
Sinopse: Numa cidade com animais humanóides, um proprietário de um teatro tenta salvar o seu espaço, com um concurso de canto. Mas a vida dos participantes nunca será a mesma depois deste evento.

“Cantar!” é um filme de animação dos mesmos estúdios que nos trouxeram “Gru-Maldisposto” e os Minions. Numa longa-metragem bastante divertida e muito musical, conhecemos um mundo novo com animais humanóides que lutam por uma segunda oportunidade. O director do teatro local, com dívidas tenta voltar aos seus tempos de glória e dinamizar o seu espaço para que atraia mais espectadores. Surge a ideia de criar um concurso musical, em que o prémio é muito aliciante. Contudo o que pretendia não correu como o esperado e torna-se no epicentro de muitas confusões. Enquanto isso os concorrentes, esforçam-se para serem os melhores e apesar de cada estar perdido na vida, vão encontrar a magia do companheirismo e a musicalidade necessária para continuarem.

Revivemos muitos clássicos musicais com este filme e músicas que nos vão por o pé a bater. Sentimos a energia e a boa-disposição deste grupo que apesar das adversidades de cada um, vão se ajudar mutuamente e tornarem-se num dream team.

-“When you’ve reached rock bottom, there’s only one way to go, and that’s up!”

Buster Moon

“Cantar” é um filme que inspira confiança e boas vibrações. Um filme para toda a família que nos vai pôr a cantar e bem animados. O argumento e criativo e emocionante e ficamos interessados na história destes animais que de alguma forma nos conseguem comover. “Sing” junta boas músicas e principalmente personagens com histórias de vida interessantes com um propósito triunfante. Apesar de ser uma narrativa simples, apresenta momentos divertidos e muito criativos. Fiquei com curiosidade de conhecer estas personagens que creio que não houve muita publicidade em volta desta animação. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.
Universal Pictures Portugal

Crítica: Flavours of Youth

Três histórias diferentes de juventude, que aconteceram em diferentes partes da China.

Título: Si shi qing chun
Ano: 2018
Realização: Haoling Li, Yoshitaka Takeuch 
Interpretes:  George Ackles, Taito Ban, Dorothy Elias-Fahn…
Sinopse: Três histórias diferentes de juventude, que aconteceram em diferentes partes da China.

A beleza nas pequenas coisas

Nesta bela longa-metragem ficamos absorvidos não só com a história humana e real, mas também com a qualidade da animação presente durante mais de uma hora de filme.

Flavours of Youth” surgiu de forma expressiva e singular com três contos diferentes sobre a juventude e as suas repercussões na vida adulta. Afinal quem é que faz ser aquilo que somos? Nós ou os outros?

Olhando para a imagem promotora do filme, pensei que estava perante um filme sobre comida. O rámen bem apresentado com um aspecto saboroso, com massa a fumegar e carne com legumes que acompanham o empratamento. Fiquei com vontade de dar uma dentada naquele prato bem composto e com ar de ser delicioso. A animação de Yoshitaka Takeuch é absolutamente divinal. Depois de já o conhecer em trabalhos como “Your Name“, não podia esperar menos. A realidade das suas animações é tão credível que quase parece realidade. O seu toque estético perfeccionismo está brilhantemente bem conseguido. Takeuch é um génio da animação e os filmes que participa são sempre visualmente bonitos.

Flavours of Youth” reflecte sobre três histórias distintas. Em todas, apenas o país é a única semelhança. A China repartida em três contos sobre os seus habitantes. Histórias contadas do ponto de vista do próprio. A primeira é sobre Xiao Ming e a sua refeição favorita da infância. Uma massa de arroz que todos os dias almoçava juntamente com a avó. Essas são as memórias que o acompanharam até à sua idade adulta. Os sabores da sua infância, reflectem-se bastante nos seus dias.

Na segunda história, acompanhamos os pensamentos de Yi Lin. Uma modelo de moda que vive com a sua irmã mais nova. Apesar de ser bastante requisitada para as paserelles e sessões fotográficas, Yi Lin vive cada dia na incerteza. Com uma idade mais avançada na sua profissão, tem receio de ser ultrapassada por modelos mais novas. Mas as memórias do seu passado são um consolo para os seus momentos mais incertos.

Na terceira e última parte, temos uma história de amor. Li Mo e Xiao Yu duas crianças vizinhas que estudam juntos. Desenvolvem uma relação amorosa por cassetes caseiras gravadas. O destino separou os jovens que foram estudar para locais diferentes. Anos mais tarde Li Mo reencontra uma cassete perdida de Xiao Yu e as lembranças voltam a aparecer. Será que o destino os vai juntar novamente?

“Flavours of Youth” é um filme com uma qualidade estética fantástica, que reflecte sobre as segundas oportunidades e as voltas que a nossa vida pode dar. No final todos estamos juntos, somos todos humanos com os mesmos sentimentos, ambições e preocupações. Mais uma produção fantástica da Netflix. O blogue atribui 3 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.
Netflix Portugal

Crítica: Silent Voice

Um rapaz ridiculariza uma colega de turma devido ao facto de ser surda. Anos depois traça um plano de redenção por todo o mal que cometeu.

Título: Koe no katachi
Ano: 2016
Realização: Naoko Yamada
Interpretes: Miyu Irino, Saori Hayami, Aoi Yûki…
Sinopse: Um rapaz ridiculariza uma colega de turma devido ao facto de ser surda. Anos depois traça um plano de redenção por todo o mal que cometeu.

Os japoneses utilizam sempre o coração quando produzem um filme de animação. “Silent Voice” é um filme generoso sobre a amizade e a importância de termos companhia para conseguirmos suportar os nossos problemas. Ter amigos é a base para nos sentirmos fortes e de pé nos piores momentos. Seguimos a história de Shoya Ishida um rapaz um pouco problemático que às custas para se tornar superior faz bullying com uma colega nova de turma, Nishimya, uma menina que nasceu surda. Shoya pretende chamar à atenção dos seus colegas de turma e não se importa com os sentimentos de Nishimya que apenas pretende ter amigos. Depois de muitos meses a aguentar a pressão a jovem desiste da escola. Só anos mais tarde é que Shoya percebe todo o mal que fez e pretende redimir os seus erros por confiar nas pessoas erradas. Aprende e linguagem gestual e tenta marcar um encontro com Nishimya para se desculpar. Enquanto isso percorre um caminho difícil de rendição, mas não é o único.

-I couldn’t change. I couldn’t protect you again. I was the same coward.

-You can change from now on.

Sahara e Nishimya

A qualidade da animação é excelente a precisão do desenho e os traços dos cenários são o que tornam este filme mais real e sentimental. Neste drama, também somos reféns de uma história de amor e perdão. A vida é demasiadamente curta para situações egoístas e mal intencionadas. Devíamos preocupar-nos em dar-nos sempre bem e aceitar algumas diferenças dos outros. A amizade é um tema forte durante este filme. Afinal o que é ser ou ter um amigo? O quê que isso implica? Mudar a nossa atitude também só depende de nós e a partir do dia de hoje podemos começar a fazê-lo. Um facto curioso é que durante o filme, o protagonista apesar de ser bastante alto, recusava-se a olhar nos olhos das dos seus colegas,e por isso a cara deles não era muito nítida, contudo quando venceu o seu medo conseguimos finalmente ver os rostos das suas iterações.

Existiu alguns momentos muito fictícios durante esta longa-metragem de 2 horas, que na realidade não aconteceriam, mas que tornam esta experiência mais emotiva e comovente. Aviso já que lágrimas podem cair, mas sentimos uma conexão forte com estas personagens. O blogue atribui 4 estrelas em 5.

Rating: 4 out of 5.

Crítica: Anastasia

A última sobrevivente da família real russa, junta-se a dois homens para reencontrar a sua avó, a Grande Imperatriz, enquanto que o morto Rasputine, procura vingança.

Título: Anastasia
Ano: 1997
Realização: Don Bluth, Gary Goldman
Interpretes:  Meg Ryan, John Cusack, Christopher Lloyd…
Sinopse: A última sobrevivente da família real russa, junta-se a dois homens para reencontrar a sua avó, a Grande Imperatriz, enquanto que o morto Rasputine, procura vingança.

Atribuo a culpa a este filme. Sim a culpa pela minha paixão pela História. Lembro-me de ser miúda e ver este filme no cinema. Fiquei encantada com a história russa e com a cidade de Paris. “Paris, tem a chave do amor” (para quem não conhece, esta é uma música que faz parte da banda sonora). Depois descobri que esta narrativa apresentada neste filme não foi verdade, não passou de uma ilusão que muitos gostariam que acontecesse. O mito da “Anastasia” sobreviveu através de muitas histórias e já mereceu várias adaptações, mas esta da Fox Animation Studios de 1997, enche-me o coração.

-Do you really think I’m royalty?

– You know I do!

– Then stop bossing me around!

Anya e Dimitri

Um excelente filme que na altura conseguiu destacar-se dos filmes de animação da Disney e ainda hoje é lembrado. Em 2015 conseguiu o seu próprio musical da Broadway e está em vários locais da Europa e Estados Unidos em estreia. Este não é só um filme de princesas, a linha temporal é baseada em (tristes) factos verídicos, e apesar de na altura ter gostado, considero agora que o público-alvo desta obra cinematográfica é um pouco mais velho.

Além de uma animação bem delineada, para altura conseguiram acrescentar alguns efeitos visuais bastante inovadores no filme. O que tornou o filme mais consistente e aprimorado. As personagens são carismáticas e divertidas, apesar de toda a envolvente histórica que existe. Além disso o vilão é medonho e mesmo assustador, apesar de ser um morto-vivo conseguiu brincar com toda a situação de corpo a desfazer-se. As crianças de antigamente eram mais resistentes do que as atuais. Mas a música também se destacou. Temas como “Journey to the past” (que ficou nomeada para Óscar de Melhor Canção Original), “Once Upon a December” e “At the Beginning” fazem parte da banda sonora fantástica do filme.

Anastasia é uma animação bem construída com momentos de ação, comédia, musical e romance, com personagens inesquecíveis. Este filme tornou-se diferente dos filmes habituais da Disney, pois criou-se uma história nova sobre temas bastante sérios e reais, com um pouco de fantasia. Além disso não teve medo de apostar no amor e no final os protagonistas beijam-se. Acho que foi mesmo pelo romance que este filme me conquistou. Isso, e pelo facto de eu poder ser uma princesa, sem memória. O blogue atribui 4 estrelas em 5.

Rating: 4 out of 5.