“Spinning Out” é uma série recente na Netflix que durante uma temporada aborda as complicações do desporto olímpico, patinagem artística no gelo, onde tudo tem de estar em perfeição. Além do ambiente competitivo, seguimos a vida da protagonista, enquanto tenta equilibrar a sua vida amorosa, familiar e a sua frágil saúde mental.
Somos apresentados a Katarina Baker (Kaya Scodelario) uma patinadora Olímpica que após uma forte queda durante uma competição, sofreu um traumatismo. Apesar disso continuou a patinar, mas evitando fazer os grandes saltos. A sua situação em casa, também não é a melhor. A sua mãe uma ex-patinadora Olímpica, tem doença bipolar, e Kat também herdou esse problema. Ambas tem de estar sempre controladas com medicação. A irmã mais nova de Kat, Serena também é patinadora, e esgotou o orçamento familiar num novo treinador, deixando a protagonista à sua sorte. Para continuar a fazer o que mais ama, Kat terá fazer patinagem artística com par, algo que não estava preparada, pois sempre trabalhou sozinha. Justin é um menino rico que que é bom patinador, mas muito egocêntrico e distraí-se muito facilmente.
Faltava uma série assim na televisão, adoro patinagem artística e tornou-se interessante assistir a este desporto noutra perspectiva. O guarda-roupa é também algo que me fascina, e esta série conseguiu ser bastante completa nesse aspecto. Além disso as paisagens de gelo e do frio em Idaho tornam o ambiente mais envolvente.
A protagonista pode ser Kat, mas nesta série as personagens secundárias também recebem a sua própria história. Temos o caso da melhor amiga Jenn, que luta para voltar a competir, Dasha que pretende reencontrar o antigo amor e Marcus, que foi recebendo mais destaque e conseguiu uma história só sua, como um primeiro homem de cor a esquiar em competição. “Spinning Out” é assim uma série completa, em que o argumento está bem estruturado e nos faz prender ao ecrã. Um factor que considerei interessante foi o facto de apresentar muitos momentos no gelo, onde são os próprios atores que patinam. Acredito que não sejam eles nas manobras mais difíceis, mas mesmo assim gostei desse esforço. O mesmo digo das coreografias no gelo. São lindas tal como este desporto pede e faz-nos sonhar.
Concluindo esta é uma série que terminou com apenas uma temporada, mas é agradável de assistir, num assunto não muito comentado como a doença bipolar, aliada à competição do desporto de patinagem artística no gelo. Apesar de jovem o elenco conseguiu estar à altura e foi bom ver Kaya Scodelario (Maze Runner). noutro género de papéis.