Mais uma fantástica noite com a entrega dos prémios máximos de cinema. A noite dos Óscares é sempre um momento de muito glamour e emoção. Nunca se sabe o que pode acontecer. As maiores estrelas da atualidade juntam-se num só local para conhecerem os melhores durante aquele ano cinematográfico. Bem, este ano foi mesmo tudo uma surpresa e ninguém esperava por este final.
Eu gostava que “Parasitas” do realizador Bong Joon Ho fosse o vencedor: Mas não achava que ia ser possível, pois pensava que seria outro “Roma“, como aconteceu o ano passado. Além de ser estrangeiro, não era um filme muito ajustável aos padrões da Academia. O seu género de suspense e drama estranhamente peculiar, mas muito intrigante, não seria das escolhas dos favoritos. Contudo, Bong Joon Ho, chegou, realizou e conquistou. Grande vencedor da noite, criou o manta que nada é impossível e nem mesmo a língua pode ser uma barreira. Nos seus braços coube os maiores prémios da noite: Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Roteiro Original e Melhor Filme Estrangeiro. Surpreendeu bastante, tudo e todos.
Apesar de gostar da escolha do vencedor, na sexta-feira passada assisti ao filme “1917” (brevemente vai sair a crítica) e esperava que essa obra-prima de Sam Mendes, fosse o vencedor. O filme está lindo, a história é magnífica e não esperava gostar tanto de um filme de guerra (normalmente é o meu género menos favorito). Mas a verdade é que adorei. Venceu o Óscar de melhor Fotografia, muito bem merecido, os cenários são magníficos e as cores vibrantes. Um jogo muito bom de cores que realizaram no período da noite. Também conseguiram o Óscar de Melhor Mistura de Som.
“Once Upon a Time…In Hollywood” era dos grandes favoritos. Todos esperavam que este seria o ano de Quentin Tarantino. E podia. Este seu nono filme está brilhante, divertido e aborda a época de ouro do cinema em Hollywood. Um tema forte que apesar das nomeações, só conseguiu Brad Pitt o de melhor ator secundário (mas já se esperava que ganhasse). Parece que Quentin terá de voltar a tentar, será que o seu décimo filme será o vencedor?
Relativamente aos melhores atores o desfecho já era previsível. Recebeu Joaquin Phoenix, pela sua interpretação em “Joker“. Neste filme de Todd Phillips, apesar da história intensa, era um filme de atores e nisso Phoenix tem o mérito todo, que conseguiu ganhar todos os prémios que estavam ao seu alcance com este papel. Quanto a melhor atriz foi Renée Zellweger a levar para casa o prémio. Com “Judy” conseguiu ser versátil onde canta, dança e vive todo o drama da atriz nos meses antes da sua morte. Quanto à melhor atriz secundário, Laura Dern foi a vencedora no filme “Marriage Story“. Apesar do seu papel ser muito pequeno, Dern enche a sala quando marca presença. A sua personagem é muito idêntica à sua de “Big Little Lies” por isso é carismática e muito cativante.
A melhor animação foi para a empresa gigante, Disney com o filme “Toy Story 4“, este foi uma escolha que não concordo. Mas é neste sentido que percebemos que estes prémios também tem poder. Toy Story 4 já era uma sequela, que lamento, mas não conseguiu superar o “Toy Story 3“, esperava que nesta categoria vencesse “Klaus“. Um filme belo e totalmente criativo. A Netflix tornou-se a perdedora, mas com excelentes filmes como “The Irishman“ e “Mariage Story” não conseguiu Óscares.
Não foi desta que Greta Gerwig recebeu o Óscar, neste segundo ano nomeada. Apesar das nomeações como melhor filme, melhor realização, e melhores atrizes, “Mulherzinhas” (crítica vai estar no blogue esta semana) apenas conseguiu o Óscar de Melhor Guarda-Roupa.
Fiquem com os melhores momentos dos Óscares 2020