Nesta série produzida pela Amazon Studios temos todos os termos peculiares possíveis. Uma história sobre o Armageddon num luta sem fim entre anjos e demónios. O Céu e o Inferno. Mas vamos esquecer que “Good Omens” retrata o fim de mundo e vamos antes focarmos nas suas personagens. A voz de Deus é uma mulher, temos um demónio que adora ouvir Queen e um anjo muito nervoso. Bruxas e caçadores também não faltam. Um mix de sobrenatural que vai dar que falar.
O humor britânico aguçado faz parte dos ingredientes que compõe esta série televisiva, baseado no livro de Terry Pratchett e Neil Gaiman. Percorremos todos os momentos importantes da Bíblia através da perspectiva medianamente intrometida do anjo Aziraphale (Michael Sheen) e do demónio Crowley (David Tennant). Desde o início dos tempos, passamos por várias épocas e momentos históricos, até à chegada de 2018, ano em que o anticristo vai revelar o fim do mundo. Habituados às vantagens do Planeta Terra, contrariando a sua natureza, este anjo e demónio vão trabalhar em conjunto e desafiar os costumes numa batalha épica entre o Céu e Inferno.
Durante seis episódios desta mini-série acompanhamos as profecias de uma bruxa que se vão realizando e intervindo com o fim do mundo. Todos nesta série tem um papel a desempenhar onde o humor é o toque principal.
O argumento bem escrito e fluído é a característica mais motivadora desta série. Com uma perspectiva diferente sobre o certo e o errado. As nossas mais simples ações podem mudar o rumo das situações do outro. Além da narrativa positiva, a química entre os protagonistas é inegável. Michael Sheen e David Tennant são cómicos e apesar das personalidades muito diferentes, confessam-se grandes amigos. Talvez foi dos anos que passaram na Terra que o tornaram mais softs. Aliás este é o factor mais favorável de todos os episódios, a amizade divertida e confiável entre estas duas personagens.
Apesar do excelente entretimento que propõe, esta série tem as suas falhas. A narrativa é muito vasta e um pouco confusa. Talvez faltava mais episódios para explicar o rumo de algumas situações pouco abordadas, que aconteceram por mero acaso. Faltava a atenção que insinuaram no primeiro episódio e que os restantes não tiveram. Outro factor interessante foram os inúmeros flashbacks que apresentavam sobre o passado de Aziraphale e Crowley. Esses vale mesmo a pena assistir.
Concluindo esta é uma série bem-disposta, que não se sobrecarrega com demasiado humor exagerado, mas que possibilita brincar um pouco com religião. Além disso temos fantásticos atores no protagonismo, não podia ser melhor.
Adorei esta série =)
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