Stranger Things – Terceira Temporada

Histórias de Amor, Monstros e Russos

A miudagem está de volta. Uma das séries mais rentáveis da Netflix, voltou e agradou.

Depois dos eventos da temporada anterior em que Eleven utiliza o seu máximo poder para fechar o portal que separa o nosso mundo do Mundo Invertido. Os (ainda) pré-adolecentes tentam viver a sua vida normal e não pensar mais nestes problemas de monstros e adultos… Se tudo fosse assim tão fácil. A série que normalmente estreava no Halloween voltou para uma terceira temporada e este ano mudou a sua rota de estreia. Foi lançada no dia 4 de julho, feriado norte-americano, e conseguiu ser o topo das audiências.

Em 1985, os protagonistas já deixaram de ser as crianças da primeira temporada. Trocaram o jogo Dungeons & Dragons por raparigas e os encontros na cave por tardes no novo centro comercial, Starcourts, que abriu em Hawkins. O verão tranquilo é abalado, quando estranhos eventos começam a acontecer na pequena cidade. Acontecimentos esses que vão criar quatro diferentes histórias paralelas com os protagonistas, mas que funcionam com o mesmo propósito.

Joyce (Winona Ryder) estranha o facto dos ímanes do frigorífico e da loja onde trabalha caírem sem justificação possível. Decide procurar as suas próprias respostas e junta-se a Hopper (David Harbour) no seu caminho. Juntos descobrem que as desconfianças de Joyce estavam certas, quando encontram uma quinta abandonada, que esconde engenheiros russos que estão a trabalhar em algo secreto. Enquanto isso, são perseguidos por um Exterminador Impecável, que se assemelha muito a Arnold Schwarzenegger e que está mesmo disposto a elimina-los.

Nancy (Natalia Dyer) e o seu namorado Jonathan (Charlie Heaton), trabalham num jornal local. Apesar do emprego estável, Nancy ambiciona ser uma verdadeira jornalista e detesta a sua função de ir buscar cafés e levar o pequeno-almoço aos chefes. Apesar das suas ideias para o jornal, é sempre vista como uma cara bonita sem capacidade para escrever. A sua história surge, quando é contactada por uma idosa sobre um caso de raiva de ratos que incontrolavelmente comem fertilizante. Este é o seu grande momento. Mesmo ao tornar-se na chacota do jornal, Nancy não desiste da sua história. Decide investiga-la com os seus próprios meios.

Quando Will (Noah Schnapp) sente um calafrio no pescoço, sabe que o Mind Flayer está próximo e por algum motivo conseguiu entrar no mundo deles. A confirmação chega, quando Eleven (Millie Bobby Brown), utilizando os seus super-poderes, descobre que algo se passa com Billy (Drace Montgomery), meio irmão de Max (Sadie Sink). O grupo dos cinco: Will, El, Max, Lucas (Caleb McLaughlin) e Mike (Finn Wolfhard) tentam descobrir o que se passa, mas são surpreendidos por algo muito poderoso.

Enquanto isso, acompanhamos também Dustin (Gaten Matarazzo), Steve (Joe Keery), Robin (Maya Hawke) e Erica (Priah Ferguson) – estas duas últimas são novas personagens. Robin é colega de Steve na gelataria do centro comercial Scoops Ahoy e Erica é a irmã mais nova de Lucas. Este grupo cria a sua própria missão, ao descobrirem um código encriptado russo relacionado com algo secreto. Curiosos, os jovens decidem investigar, mas não será um caminho fácil, uma vez que descobrem um laboratório subterrâneo secreto que os deixa em perigo.

Cada parte desta história será fundamental para a destruição do Mind Flayer que pretende construir um exército para se tornar mais forte. O culminar de tudo acontece no dia 4 de julho, com o fogo de artificio a iluminar a noite da cidade, mas pode por em perigo a cidade inteira.

Esta série de ficção científica conseguiu superar as anteriores temporadas. A história amadureceu e as personagens também, afinal, estão a entrar na adolescência. O argumento mantém-se num nível mais complexo. Os irmãos Matt e Ross Duffer criaram uma narrativa com mais drama, mais suspense e terror, mas ainda com uma dose de humor. Os anos 80 estão na sua melhor representação nesta temporada. As cores vibrantes das roupas e os cabelos volumosos.

Um dos momentos mais divertidos foi ver a amizade a crescer entre as duas raparigas do grupo: Max e El. Ambas cansadas de pertencerem a um mundo de rapazes, decidem as duas divertirem-se no centro comercial. Afinal, como diz a música de Cindy Lauder, Girls Just Wanna Have Fun. Outras fortes referências sobre esta época são mencionadas, como as aulas de aeróbica e filmes como “Regresso ao Futuro”, “Never Ending Story” e “Star Wars”, algo que conseguiu deixar os fãs mais nostálgicos.

Esta temporada conseguiu ainda trazer algumas surpresas e refiro-me ao arco que fizeram com a personagem Billy. No passado, era um delinquente que não demonstrava ter nada de bom, mas agora conseguimos compreender melhor os seus “motivos” de manter a sua personalidade desprezível, quando a sua infância e o seu lado mais pessoal e emotivo são apresentados à Eleven. Outro dos grandes momentos desta temporada foi a batalha final no centro comercial. Um confronto entre todas as personagens que mantinham um objectivo em comum, ajudando-se mutuamente a destruírem o Mind Flayer, enquanto que, pela primeira vez, a Eleven sentiu-se indefesa e nem os seus poderes foram suficientes. Nestes momentos finais da batalha, aviso que o coração de espectador acelera bastante, devido à densidade do clímax da ação. A conclusão foi emocional e deixou em aberto uma próxima aventura. Ficamos a aguardar pelos próximos capítulos.

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Autor: beautifuldreams

Licenciada em Ciências da Comunicação, adoro escrever e ler. Sou lontra de sofá, amante de filmes e séries televisivas, vejo tudo o que posso. Aprendiz de geek, vivo num mundo de fantasia. Adoro a vida e ainda há tanto para descobrir.

Um pensamento em “Stranger Things – Terceira Temporada”

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