Título: The Glass Castle
Ano: 2017
Realização: Destin Daniel Cretton
Interpretes: Brie Larson, Woody Harrelson, Naomi Watts…
Sinopse: Uma jovem rapariga torna-se uma mulher, numa família disfuncional nómada. Com a mãe uma excêntrica pintora e o pai um alcoólico que cuida dos seus filhos com o apoio à imaginação para os distrair da sua pobreza.
“Castelo de Vidro” deambula entre o passado e o presente. No centro da história temos Jeannette Walls (Brie Larson) uma mulher ruiva e elegante, de personalidade forte que tenta ganhar coragem de revelar aos pais que se vai casar. Aparentemente Jeannette é uma mulher de poses que tem dificuldade em conectar-se com os pais, que decidem viver uma vida alternativa, sem bens materiais. A cena muda e somos abordados por um novo panorama. Uma menina ruiva procura a atenção da mãe, demasiadamente preocupada com os seus quadros. Percebemos que essa menina é Jeannette Walls em criança. Baseada numa história verídica, conhecemos a biografia da jornalista que publicou o livro em 2005, baseado na sua caótica família.
Quem diria que os brincos de pérolas e o cabelo bem arranjado, escondiam uma história de vida sobre sobrevivência, negligência dos pais e opiniões disfuncionais sobre a educação e cuidados com os filhos. Passado e presente juntam-se neste filme realizado por Destin Daniel Cretton, de forma a conhecermos este ponto de vista hippie de se viver. O tempo ocorre entre a década de 60/70 e final dos anos 80. A história de vida de Jannette foi muito manipulada pelos pais, Rex (Woody Harrelson) e Rose Mary (Naomi Watts) adeptos de uma vida não convencional, contra o sistema político, educacional, material e social. Viviam como nómadas, onde educavam os seus filhos em casa, Lori, Jeannette, Brian e Maureen.
Um drama que explora um modo de viver diferente e de como a protagonista conseguiu mudar completamente a sua vida. Rejeitou as ideias dos progenitores, e ultrapassou o vício do álcool do pai. Contudo nunca os deixou de amar. Woody Harrelson apresentou uma interpretação fantástica. Num momento era um pai responsável, criativo e muito inteligente, como noutro momento explodia de raiva e decepção. Apesar de apresentar alguns melodramas típicos deste género de filmes, Destin Daniel Cretton conseguiu explorar de forma nítida em imagens o passado da escritora. O argumento é bastante interessante e cativa ao longo da película. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.