Crítica: A Doce Vida

Uma série de histórias que segue o quotidiano de um mulherengo paparazzo jornalista a viver em Roma.

Título: La dolce vita
Ano: 1960
Realização: Federico Fellini
Interpretes: Marcello Mastroianni, Anita Ekberg, Anouk Aimée…
Sinopse: Uma série de histórias que segue o quotidiano de um mulherengo paparazzo jornalista a viver em Roma.

La Dolce Vita” é um clássico cinematográfico, criado pela irreverência do cineasta italiano, Frederico Fellini. Uma obra belíssima sobre o quotidiano de um jornalista, numa profissão que consegue ser diferente todos os dias. O dia-a-dia do protagonista pode ser comum, mas neste filme tudo é retratado com esplendor e elegância. O mulherengo Marcello Rubini (Marcello Mastroianni) vive de escândalos da sociedade. O seu trabalho permite-o estar no “campo” e assim, o espectador consegue conhecer as fortes críticas que o realizador pretende apresentar com este filme. A sociedade corrompida pela ganância e luxúria numa crítica à classe alta daquele tempo. Além disso a crítica religiosa, que podemos ver na cena do milagre de Nossa Senhora, que se torna numa fé de faz-de-conta, numa manipulação religiosa. Uma crítica dirigida ao Vaticano que ofendeu a comunidade cristã. Enquanto avançamos no filme conhecemos novas personagens, presentes na vida que Marcello que se apresentam corrompidas pela mentira, traição e luxúria. Tudo isto visto aos olhos dos papparazzi que não olham a meios para a notícia mais escandalosa e assim receberem mais alguns trocos, rompendo com a normalidade.

O misto de personagens e a sátira de Fellini está bem delineado. Facilmente percebemos os significados por detrás do que realmente vemos. O filme começa com a esplêndida Roma, uma bela cidade europeia, mas que esconde muitos segredos. A cena mais mediática é da atriz Sylvia (Anita Ekberg) que representa a pureza e inocência enquanto se banha sensual na fantástica Fontana de Trevi (tornou-se um registo enorme fotográfico após o lançamento deste filme, e ainda hoje dos locais mais visitados de Roma). Após isso somos abordados com personagens consumidas pela culpa, sofrimento e tristeza interior.

O estilo neo-realismo está bem acentuado nesta obra-prima cinematográfica. A apresentação de cenas reais, representadas na fição é uma forma de mostrar a realidade vivida na sociedade da época. Como já evidenciei as críticas de Fellini são bastante claras nesta película. “La Dolce Vita” é um filme que merece a nossa atenção, pois é uma obra deslumbrante para os amantes de cinema. O blogue atribui 4 estrelas em 5.

Rating: 4 out of 5.
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Autor: beautifuldreams

Licenciada em Ciências da Comunicação, adoro escrever e ler. Sou lontra de sofá, amante de filmes e séries televisivas, vejo tudo o que posso. Aprendiz de geek, vivo num mundo de fantasia. Adoro a vida e ainda há tanto para descobrir.

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